02 DE AGOSTO
Ontem me ouvi dizer estou feliz com o vazio de quem sabe que não se deixa enganar mas essa não é a verdade. Não ali.

O vazio de uma morte da apatia do balanço tão amarelo tão só para frente e para trás.

Vazio como o vento vazio vazado como um buraco que pinga.

E se for uma morte?

Precisaria de mais.
Esta vida não terá sido o bastante.

Este não é um diário.
Aqui não está o registro da falta que é tão maior.
Pelo contrário.
Aqui está o fogo.

Esta é uma confissão.
Quero.
Sinto que quero.
Me ouço sentir: quero.